Perspectivas para 2017

08.02.2017
A menos de 400 km daqui onde estou, na Itália, pessoas estão soterradas pela neve: terremoto e avalanche de neve juntos! Hotel de luxo que desabou com a avalanche e os hóspedes dentro! Ou seja, enterrados vivos. E aqui, mais ao norte, estamos num dia de céu azul maravilhoso, o que, porém, não nos deixa esquecer essas e tantas tragédias que estão acontecendo no nosso planeta.
Muito difícil é pensar em negócios nesse cenário. A tragédia mexe com nossos sentimentos, nos sacode, e pode mudar nossas prioridades e costumes. Um deles é consumir só mais o básico necessário para sobreviver.
E como fica o mundo da moda? Do consumo?
Na verdade, poucos são os que precisam comprar um calçado, mas compram porque algo novo foi lançado. O que impulsiona esse consumo é a novidade. Mas, e se esta novidade não for mais o suficiente para impulsionar a compra?
Tenho lido em diversas revistas do setor, aqui na Europa, que este é o ponto que está preocupando cada vez mais empresas, de marcas conhecidas e consolidadas. E é nesse foco que estão havendo muitas mesas-redondas, e brainstormings.
Várias são as opiniões, mas uma é recorrente: o consumidor é o rei, e deve ser agradado, porém de maneira inteligente. Treinamentos em atendimento ao cliente estão voltando a ser muito importantes. Conhecimento do produto, simpatia, empatia, criam um ambiente de encantamento, onde as pessoas gostam de ir, porque saem leves e com um sapato novo.
Segundo essas pessoas, o e-commerce funciona e continuará a funcionar bem, porque é uma navegação tipo válvula de escape para muitos. Para outros, a possibilidade de não precisar ir a uma loja. Pela minha observação do que acontece, é também a possibilidade de usar o sapato por três meses, e devolver por algum problema, e ganhar um sapato novo. E assim sucessivamente. A lei pouco protege o negócio de e-commerce, só o consumidor.
A Feira de Garda, que acabou há alguns dias, não foi das melhores. A visitação não foi numericamente expressiva, embora a qualidade dos contatos tenha sido boa. O que já é um alento.
A minha previsão para 2017, é que seja um ano igualmente muito difícil aqui na Europa. Portanto, em vez de aumentar a produção, a ordem é melhorar a produção, e qualificar a cadeia de intermediários necessários, até que o produto chegue ao consumidor.
Foi dada a partida para 2017, agora é acelerar de modo a chegar ao final, inteiro e o mais feliz possível.

Edela Land

Edela Land é profissional da área de comércio internacional, executiva da empresa alemã Landed Services (www.landed-services.com).
Contatos: edela@landed-services.de

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