Metade dos brasileiros não faz controle do orçamento pessoal

19.01.2017 - Redação Jornal Exclusivo
Embora essenciais para manter o orçamento pessoal e familiar equilibrado, principalmente no atual momento da economia, parte dos brasileiros ainda não apresenta atitudes compatíveis a um comportamento adequado em relação ao uso do dinheiro. A pesquisa anual de “Educação Financeira” do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) procurou entender como o consumidor brasileiro se relaciona com o consumo e compromissos financeiros, além de identificar os fatores que impossibilitam a gestão adequada do seu dinheiro no dia a dia. Os dados revelam que muitas pessoas entendem a importância de certas práticas financeiras adequadas, mas nem sempre as inserem em sua rotina diária e que apenas metade dos entrevistados (51%) afirma fazer um controle sistemático do orçamento.
A forma mais usual entre os entrevistados de controlar suas finanças é fazer anotações em caderno ou agenda (32%, aumentando para 41% entre as mulheres); uma planilha no computador (15%) e aplicativo no celular (4%). Praticamente seis em cada dez entrevistados têm alguma dificuldade para fazer o controle dos ganhos e gastos mensais (58%), sendo que a maior delas é reunir todas as informações e recordar de todos os pagamentos (20%).
A pesquisa mostra que os gastos fundamentais com mantimentos, higiene, água e luz são aqueles mais registrados dentre os entrevistados que disseram fazer algum controle financeiro (95%), seguidos pelos gastos extras necessários (77%), rendimentos (76%), gastos supérfluos (69%) e reserva financeira (59%).
Em contrapartida, 48% não faz um controle efetivo de seus ganhos e gastos, já que 27% afirmam fazer de cabeça, 19% não têm nenhum registro ou controle e 2% dizem que outra pessoa faz por eles. A maior barreira enfrentada para não fazer o controle é a falta de hábito (45%), seguida pelo fato de não terem uma renda mensal fixa (19%).
De acordo com o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli, a realidade é que muitas pessoas não enxergam o controle como algo prioritário. “É necessária uma mudança na maneira como as pessoas encaram sua vida financeira, entendendo que o controle adequado é fundamental para alcançar o equilíbrio”, afirma. “Assim, os consumidores irão entender que honrar os compromissos, constituir reserva, concretizar planos e sonhos de consumo e se preparar para a aposentadoria desde cedo são atitudes muito importantes.”
Ao refletirem sobre como se sentem a respeito dos conhecimentos para gerenciar e organizar o próprio dinheiro, 42% admitem insegurança, sendo que gostariam de ter mais informações.

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