Como manter a empresa COMPETITIVA?

09.12.2016
Nesta busca incessantemente pela competitividade, intensificada pelo momento econômico adverso, que encolheu mercados e provocou queda nos preços de venda da maioria dos bens duráveis e não duráveis, as empresas estão permanentemente buscando reduzir seus custos e aumentar sua eficiência produtiva e comercial. Tudo é colocado na ponta do lápis, medido e racionalizado. Enxugam-se linhas de produtos e profissionais com salários mais altos, espreme-se os fornecedores para que baixem seus preços, racionalizam-se os modelos para que sejam mais produtivos, automatizam-se as linhas de fabricação para obter mais eficiência produtiva. Enfim, procura-se de todas as formas manter o negócio competitivo, gerando lucratividade.
Não é uma tarefa fácil. Às vezes temos que fazer um recuo estratégico, diminuindo os volumes de fabricação, encolhendo a empresa. Muitas medidas são mal vistas pelo mercado, que entende este reposicionamento ou adequação ao momento como uma fraqueza da empresa e os comentários maldosos logo começam a circular. Em outras situações, as providências podem ser consideradas equivocadas, como demitir um excelente profissional que possuia um alto salário, mas garantia o desenvolvimento de excelentes coleções muito bem aceitas pelo mercado, ou administrava a produção com competência, conseguindo alta produtividade e boa qualidade. A troca pode custar muito caro para a empresa e deve ser sempre bem avaliada. Conhecimento e experiência não se compra na esquina. Por outro lado, a acomodação e os vícios adquiridos ao longo do tempo podem frear a implementação de novas e interessantes ideias, ou mesmo, impedir o desenvolvimento da empresa. Oxigenar o quadro é bom, mas com profissionais que agreguem conteúdo e sejam eficazes.
Melhorias inteligentes
Neste contexto, tudo deve ser avaliado. A boa notícia é que para melhorar nos procedimentos e nas estratégias empresariais, há muito espaço. Ainda se cometem muitos erros, seja por falta de planejamento, por desconhecimento, por acomodação, por tentativa de reduzir custos de forma não inteligente e muitas outras causas. Será que a nossa coleção vem agradando ao nosso público consumidor? Será que estamos comunicando bem ao mercado as melhorias que estamos fazendo nos produtos ou na empresa? Será que não poderíamos ser mais eficientes no desenvolvimento, ou na fabricação, ou ainda, na comercialização?
Nesta tentativa de economizar potencializando as capacidades dos profissionais, muitas empresas lhes conferem várias atribuições. Algumas totalmente desconectadas do seu perfil. O resultado geralmente é ruim. Algumas vezes catastrófico. Cada atividade requer conhecimento, experiência e compreensão do seu alcance. Por exemplo, pessoas muito racionais, metódicas, normalmente não são as mais indicadas para cuidar do setor de criação de produto, nem do marketing da empresa. Podem enxugar custos com eficiência, mas também podem amordaçar estes setores, impedindo-os de desenvolverem um bom trabalho.

Luis Coelho

Luís Coelho é consultor internacional de empresas formado em Tecnologia de Produção de Calçados e pós graduado em Educação pela Feevale, com MBA em Comércio Exterior e Negócios Internacionais pela FGV. É diretor da Coelho Consultoria Empresarial Ltda.

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