A utilização de novas tecnologias nas lavouras de arroz como o uso de pivôs e de politubos na irrigação contribuem na economia da água e ajudam a reduzir custos de produção. O produtor e engenheiro agrícola Geovano Parcianello, de Alegrete/RS, aplica em sua lavoura novos métodos de irrigação.
Chamado de reengenharia da lavoura, o projeto de Parcianello levou em conta os principais gargalos da agricultura como mão de obra, energia, uso eficiente da água, custos e tecnologia. O produtor relata que numa área de 94 hectares, o investimento para a colocação de politubos chega a cerca de R$ 19.789 mil, ou seja, R$ 219 por hectare. “O valor ainda é alto, mas se essa tecnologia for aproveitada em duas ou três safras, esse custo reduz para R$ 109 por hectare, correspondente até 1,6% do custo de produção", explica.
Parcianello também destacou o uso de pivôs centrais para a irrigação, experiência já testada por produtores de Uruguaiana/SP e São Borja/SP. Ele utilizou o sistema nesta safra em 25 hectares e obteve uma economia de 43% no uso de água em relação ao arroz irrigado convencionalmente. “É importante ressaltar que embora a produtividade tenha ficado 20% menor na comparação com as outras áreas da propriedade, houve redução de custos na hora da colheita, além da qualidade superior do produto", salientou.
Energia alternativa
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Rio Grande do Sul (Emater/RS) tem desenvolvido técnicas para captação de energia elétrica, a energia solar fotovoltaica. “A energia é um dos principais gargalos para o campo. Falta capacidade energética, a luz é muito fraca para fazer irrigação. E a Emater está apresentando como alternativa a Fotovoltaica, uma energia limpa e sustentável", destaca o presidente da Emater/RS, Clair Kunh.
A energia fotovoltaica transforma a energia solar em elétrica por meio de painéis. Estes equipamentos podem produzir energia por até 50 anos e possuem garantia de produção de pelo menos 25 anos. A energia elétrica produzida pode ser armazenada em baterias ou injetadas diretamente na rede convencional.
Kunh citou como exemplo um produtor de arroz do município de Mostardas/RS que utilizou painéis fotovoltaicos para sua lavoura de 32 hectares e já no primeiro mês conseguiu uma redução na conta de energia elétrica. “O investimento fica em torno de R$ 59 mil e o retorno para o produtor se dá entre sete e dez anos", lembrou o presidente da Emater/RS.
